sexta-feira, 29 de abril de 2016

Aniversário de 90 anos

Eu perdi meus avós faz muito tempo. Dois deles nem cheguei a conhecer e nenhum chegou a conhecer minhas filhas. Mas como comecei a namorar meu marido quando era ainda bem nova, tive o prazer de conviver com os avós dele e criar uma relação quase que de neta também. E minhas filhas podem conviver com os 4 avós, muitas vezes todos juntos ao mesmo e também conheceram muito bem 3 dos bisavós.

Alguns dias atrás eu tive a sorte de poder comemorar o aniversário de 90 anos da mãe da minha sogra. Alguns anos antes celebramos na minha casa o aniversário de 90 anos da mãe do meu sogro. Eu que já adoro reunir pessoas sem motivo algum, acho indispensável comemorar um aniversário tão especial.

Eu me lembro que na época desse primeiro aniversário de 90 anos que participei fiquei muito tempo pensando no que dar de presente. E sinceramente, custei a achar alguma inspiração. Fiz buscas na internet sem nenhum sucesso. No final, fiz um caderno de assinaturas (encapado com tecido, bordado com a inicial do nome da aniversariante) para que todos os convidados da festa pudessem deixar um recado para ela. Eu também encapei um álbum de fotos com o mesmo tecido usado no caderno para guardar as fotos que usamos de decoração para a festa. Todos os filhos e netos buscaram fotos e juntamos mais de 100, contando parte da história dessa senhora tão querida.

Agora a outra bisavó completa 90 anos, e lá fui eu buscar inspiração. Essa é uma família grande, com muitos filhos, genros, noras, netos (muitos já casados), bisnetos. Este ano além de estar sendo muito corrido, tem a questão financeira que está grave. Mas nem por isso eu poderia chegar de mãos abanando. Daí, pensei, vou fazer alguma coisa com as meninas.

Comprei uma caixinha de papelão, cortei papéis com um cortador para ficar tudo padronizado e as meninas escreveram e desenharam o que desejam para a bisavó. Depois colei esses cartõezinhos na caixinha. Dentro coloquei uns pães de mel (diet, porque ela é diabética). Assinamos um cartão e estava feito o presente.








É apenas uma lembrança simples, mas para quem já tem um pouco de tudo, o presente é o carinho das meninas que ficaram super felizes de fazer elas mesmas o presente.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Churasco feito por mim

Pelo título você deve estar esperando alguma coisa surpreendente. Uma receita, um truque ou alguma inovação. Sinto muito, não tenho nada disso para contar. Mas fazer um churrasco, eu, pessoalmente, com a "supervisão"e companhia das minhas meninas foi tudo de bom e eu recomendo.

Faz alguns meses me mudei para o Mato Grosso do Sul. Aqui o pessoal adora churrasco. Mesmo as casas mais simples tem churrasqueiras e os prédios de apartamentos tem em geral mais do que um quiosque com churrasqueira (bem diferente do que eu via em SP). Sendo assim, todo final de semana algum vizinho meu está fazendo churrasco e é inevitável sentir aquele cheirinho gostoso no ar.

Quando eu morava com meus pais, meu pai sempre fez o churrasco. Quando casei, na minha casa essa é a tarefa do marido. Nas viagens em turma a mulherada domina a cozinha, mas a churrasqueira é sempre dos homens. Claro, né, precisamos dividir tarefas. Mas o que acontece é que meu marido tem viajado muito, eu adoro churrasco, daí, pensei, esse domingo é isso que eu vou fazer!

Sai para comprar os ingredientes e carvão com as meninas. A minha pequena já pediu milho na espiga e a mais velha me ajudou na escolha da picanha. Churrasco de meninas, teve salada, pãozinho e garantimos a sobremesa também que eu conto depois.

Peguei umas dicas de como acender o fogo com minha mãe (sim, ela sabe!). Meu pai estava ocupado e não pode me ajudar. Na hora me bateu insegurança e lá fui eu ver no google. Montei uma pilha de carvão como minha mãe recomendou. Ela também tinha me falado para comprar daqueles acendedores (acho que é um tablete de gel), mas não tinha no supermercado que eu fui. Lembrei que meu marido molha um pedaço de papel com óleo de soja e põe no meio do carvão, então usei essa técnica. E sabe que deu certo? As meninas vibraram comigo!



Fiz linguiça de aperitivo que comemos com pão e picanha mal passada, do jeito que a gente gosta aqui em casa. Uma saladinha simples e claro, o milho na espiga com manteiga e sal que a caçula pediu. O milho preparei na panela mesmo que eu acho que fica mais gostoso. Não fiz mais coisas senão ia sobrar demais.





Para a sobremesa fizemos espetinhos de marshmallow assados na brasa. Segurei os palitos com a pinça bem próximos da brasa para assar só com o calor (sem chamas, senão queima rapidinho). Super americano, mas uma delícia. Forma uma camada crocante por fora e derrete por dentro. As meninas adoram!



Sobrou muita carne e um pouco de linguiça, mas vou congelar tudo em porções do tamanho de uma refeição da família. Basta picar uma cebola, refogar e juntar a carne para ter um prato delicioso durante a semana. Também adoro picar a carne e a linguiça e misturar tudo num refogado. E essa picanha, coberta com mussarela derretida num pão francês faz um ótimo sanduíche.

Hoje não tive visitas, mas o espirito do churrasco, de reunir pessoas, deu certo. Nós curtimos muito, fizemos tudo juntas, cantamos ao som do rádio, torcemos para dar certo e eu adorei me aventurar por um mundo desconhecido. O marido fez muita falta, não pelo trabalho (que dei conta mas não pretendo assumir de agora em diante) e sim pela companhia que é sempre muito estimada por nós três. Meninas/mulheres, experimentem fazer um dia e me contem!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sobre livros

Minha mãe é uma amante dos livros. Se eu preciso de um presente de dia das mães, aniversário ou natal e não tenho ideia melhor, apelo para o livro. Confesso que eu até gostaria de ser como ela, mas não sou muito. Eu sou de fases. Quando pego um livro que eu gosto, eu devoro, assim como faz minha mãe, mas tenho fases que estou mais preguiçosa e gosto mais de um seriado ou filme. Entretanto, eu considero formas diferentes de arte e cada uma tem o seu valor.

As minhas filhas assistem programas de televisão e filmes. Nunca tive muito problema de ter que limitar o tempo. Tem um ou outro programa que elas gostam muito, elas assistem e logo vão fazer outra coisa. Quanto aos livros, parece que é algo que elas sempre gostaram muito, desde bem pequenas. Não me lembro ao certo quando comecei a ler para minha filha mais velha. Faz parte do nosso ritual do sono. Sabe aquelas receitas de que você precisa fazer a criança desacelerar para ter uma noite tranquila?

Minha filha mais velha está com quase 7 anos e para ela é uma alegria ganhar um livro novo de natal ou de aniversário. Confesso que como mãe que lê esses livros todas as noites, também sou grata pelas novidades.

Biblioteca das meninas, nem sempre muito organizada.



Muito mais rápido do que eu poderia imaginar ela aprendeu a ler no ano passado. Parece que em um mês ela passou de ler o próprio nome a ler um livro. Foi um susto para mim. Ela, tão feliz com a novidade, começou a ler para a irmã mais nova e eu me senti dispensável. Foi uma sensação conflitante de orgulho e tristeza de não fazer mais parte. Isso não durou muito porque ler ainda era um esforço muito grande para ela e então passamos a ler juntas. Às vezes ela começa a ler e quando cansa eu assumo ou as vezes dividimos os diálogos dos personagens, o que nós duas gostamos muito. Normalmente a pequena fica no meu colo, para ver melhor as ilustrações e eu tenho certeza que está olhando atentamente a todas as letrinhas, desejando participar desse mundo da leitura também.

Em pouquíssimo tempo tenho visto uma grande evolução na leitura da minha filha. Ela está conseguindo ler melhor, mais rápido e colocando entonação para dar mais emoção à narrativa.O vocabulário aumenta a cada dia para as duas.  Nós sempre conversamos sobre a história quando encerramos a leitura do dia, porque eu acho que a compreensão do que foi lido é tanto ou mais importante do que a leitura em si. Discutimos se o que o personagem fez foi certo, o que será que vai acontecer no próximo trecho ou coisas assim, enquanto as cubro e dou o beijo de boa noite.

Esse momento do dia tem sido cada vez mais prazeroso para mim. Minha filha mais velha agora tem a autonomia de ir à biblioteca da escola e trazer um livro para casa. Ela tem 1 semana de prazo para devolver o livro e por vezes devolve no dia seguinte. Ter a biblioteca da escola à disposição abriu a ela uma mundo novo. Antes nós relíamos o mesmo livro várias vezes porque por mais a gente tenha uma coleção grande em casa, o ano tem 365 dias, Haja histórias novas! Com a biblioteca, o acervo é muito maior. Lemos livros curtos ou longos, simples ou mais complexos e alguns nem são assim tão legais, mas faz parte. Com isso elas aprendem língua portuguesa, história, geografia, ética, psicologia... nossa, é tanto que se aprende com um livro. E por vezes o livro não acrescenta nada e tudo bem, passamos para o próximo. Nem tudo é maravilhoso na vida.

Alguns dos livros preferidos. Na verdade todos são especiais, então foi difícil escolher só alguns para esta foto.
Acho que eu nunca li tanto quanto tenho lido desde que tive minhas filhas. Talvez elas mantenham o hábito da leitura ou talvez prefiram o audiovisual como eu às vezes prefiro. Mas realmente, como diz o slogan de uma empresa, ler para uma criança muda o mundo. Desejo para todos muitas bibliotecas e gente disposta a ler para as crianças. Acho que a educação e informação dão mais oportunidades para vida das pessoas e faz um mundo melhor.

Fica a dica. Escolha um livro e boa leitura!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Festa Doutora Brinquedos

Quem tem criança em casa acaba assistindo muitos programas infantis. Tem aqueles desenhos chatos que as crianças adoram, algumas musiquinhas que insistem em ficar na nossa cabeça o dia todo e tem aquela hora que a gente está sozinha, pega o controle remoto e coloca direto no canal preferido dos pequenos, por puro hábito. Quem nunca? Pois a Doutora Brinquedos está na categoria dos meus desenhos preferidos. Nem lembro direito como descobrimos (passa no Disney Channel), mas fez muito sucesso em casa. Pensa na minha alegria quando minha filha escolheu este tema para a sua festa de 3 ano! Confesso que essa foi uma das minhas festas preferidas em preparar.

Lá fui eu dar uma olhada nos sites americanos para buscar inspiração. Aqui no Brasil o desenho ainda era novidade e não tinha nada do tema para festas. Apesar de que isso não mudou muito a minha vida, já que eu adoro inventar os detalhes da minha festa. Mas nessa pesquisa achei achei uns bonequinhos. Como no ano anterior os da Cinderela fizeram sucesso (veja aqui), eu resolvi comprar. E vi também a maleta da Doutora. Esse seria o presente de aniversário e faria parte da decoração da mesa.



Nessa minha pesquisa, vi gente fazendo umas bolachinhas de band-aid. Adorei a ideia e fiz as minhas com mini-wafer e pasta americana.

Eu adoro chocolate, então decidi fazer termômetros, mas como? Achei umas formas de charuto de chocolate que usei para fazer a base. Tingi chocolate de vermelho para fazer o mercúrio do termômetro e chocolate ao leite para fazer a graduação.

Achei que copinhos com gelatina rosa poderiam fazer as vezes de xarope.

Agora o engraçado mesmo foi a minha ideia para o brigadeiro. Na época estava na moda bisnaga de brigadeiro (tipo pasta de dentes). Não sei se ainda está, mas faz tempo que não vejo. Daí, pensei, se pode na bisnaga, na seringa deve dar certo. Fui até uma dessas lojas de material cirúrgico e pedi seringa descartável sem agulha. "Qual tamanho a senhora precisa?". Boa pergunta! Expliquei o que eu pretendia fazer e virei sucesso na loja. As vendedoras me mostraram todos os tipos, deram palpite sobre a consistência, foi um barato. E no dia da festa deu super certo e as crianças adoraram.

Minha filha queria cupcakes, então dei uma olhada na internet e decidi que eu conseguiria fazer algo parecido com um estetoscópio, o coração brilhante símbolo das coisas da Doutora ficaria bom com pasta americana coberta de açúcar cristal rosa e eu usaria a ideia do band-aid de wafer em pasta americana.

O bolo fiz só para cantar parabéns, porque acho que é muito bolo, sendo em fatias e cupcake. Conhecimento zero em pasta americana, descobri depois que meu bolo é úmido demais para pasta americana então não ficou lindo, mas serviu para colocar as velas.

Eu comprei aquele suporte para bexigas, para fazer o painel atrás do bolo, mas honestamente, não aguentava mais ver bexigas, então fiz aqueles pompons de papel de seda e prendi nesse suporte.

Fiz esses mesmo pompons, mas em tamanho menor, prendi um palito de churrasco e coloquei num copo com balinhas em forma de coração para os centros de mesa.


Identifiquei os sucos preferidos da minha "doutora" com figuras da personagem. Para não gastar uma quantidade absurda de garrafinhas e não ter que lavar ou reutilizar sem a devida higiene (eca!), fiz etiquetas com os personagens para os convidados escreverem seus nomes. Assim a mesma garrafinha pode ser usada durante toda a festa pelo seu dono. Eu deixei alguns copos descartáveis do lado para quem não queria usar a garrafinha.

Nós alugamos uma casinha de bonecas que por sorte era parecida com a do desenho. Eu imprimi uma figura da "Doutora chegou" - ("the Doc is in", no original). E fiz listas de check-up para os convidados. Como minha filha brinca mais com urso do que com boneca, usei a imagem do urso. Aliás, estava no convite para trazer bonecas e/ou bichinhos de pelúcia. No "consultório" deixei alguns kits de médico para as crianças examinarem seus pacientes.


Eu queria fazer uma retrospectiva (por pedido da minha filha mais velha), mas sendo uma festa ao ar livre, isso seria mais complicado. Optei por fazer esses móbiles de fotos (inspirada numa querida amiga) por ano, do nascimento até a véspera da festa.

E como não poderia falta, aslembrancinhas! Comprei essas maletinhas e personalizei com papel de scrapbook e etiquetas dos personagens. Dentro estava um kit de médico.


Deu um trabalhão, mas eu adorei fazer cada coisa.