sexta-feira, 24 de junho de 2016

Primeiro almoço preparado aos 7 anos

Dia desses eu estava entrando no supermercado com minhas filhas quando a mais velha comenta chateada que tinha esquecido a sua bolsa com o dinheiro da mesada. Perguntei o que ela queria comprar no supermercado para precisar do dinheirinho dela e ela me respondeu "umas batatas e uma badeja de morangos". Tentei explicar que eu tinha batatas em casa e que poderia comprar os morangos, mas não estava entendendo porque ela fazia questão de comprar com o dinheiro dela. Foi aí que, relutante, ela me contou o segredo. Ela queria fazer um almoço para a família!

Bate um orgulho nessa hora. Cozinhar é para mim um ato de amor. Eu adoro cozinhar para os outros. As meninas também gostam de ir para a cozinha comigo, mas dessa vez a minha filha mais velha queria assumir a responsabilidade total, o planejamento, a compra e a execução. Achei tão bacana a iniciativa dela, daí, pensei, vou colocar no blog. Perguntei se podia, e ela concordou.

Naquele dia fiquei apenas de assistente, para ajudar a picar alguns alimentos e também cuidar do que precisasse do fogão e do forno. Curioso para saber o cardápio? Eu confesso que fiquei admirada: batatas recheadas com carne moída e saladinha e para a sobremesa morango e uva cobertos por chantily com perfume de maracujá.

Minha filha já estava com tudo planejado, ela queria tirar a polpa da batata, preencher com carne moída refogada e levar ao forno. Eu expliquei que com a batata crua seria muito difícil tirar a polpa, sugeri cozinhar a batata inteira e ela aceitou. Acho que foi a única sugestão que eu fiz.


Enquanto as batatas cozinhavam, ela bateu tomates cereja no liquidificador...

picou alho e cebola...



...e refogou tudo com a carne moída. Ela temperou com sal e orégano também.


A carne estava pronta, mas as batatas ainda não, então ela partiu para a sobremesa. Picou os morangos e as uvas.

E também abriu o maracujá para escorrer o suco.


Batatas cozidas, ela cortou ao meio e retirou a polpa que ela reservou para fazer um purê no jantar.

Recheou as batatas uma a uma.

Ela e a irmã não gostam de queijo, mas ela ralou mussarela nas batatas reservadas para mamãe e papai.

Não tirei foto dela batendo o chantily, mas aqui ela estava com o dedinho esticado para testar a quantidade de maracujá que ela tinha colocado. Não colocou muito para não atrapalhar na textura e o sabor ficou suave. Foi mais ou menos uma colher de sopa de suco para 2 xícaras de chantily.

O que sobrou do maracujá virou suco adoçado com mel para o almoço.


Não acho que todo mundo precisa dominar a arte culinária e nem ser apaixonado pela cozinha, mas saber o básico, se virar, é importante para todo mundo. Já vi que de fome minha filha não morre! Ela ficou muito satisfeita com o resultado final e nós a enchemos de beijos depois. É daqueles momentos que não tem preço, família reunida em volta da mesa se deliciando com uma comida feita com tanto carinho. Ah, e ficou uma delícia!

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