terça-feira, 31 de outubro de 2017

Almoço de Halloween

Dia 31 de outubro é aniversário de uma pessoa muito especial (parabéns, Chris!) e também é o Halloween ou Dia das Bruxas. Ano passado eu estava inspirada e fiz o lanche das meninas no tema. Se você não viu ou quer lembrar, é esse post aqui.

Este ano eu estava pensando em fazer alguma coisa até porque minha mãe me deu cortadores novos. Cheguei a pesquisar receitas de bolachinhas diferentes, mas no final das contas foi um final de semana cheio de eventos o dia todo, segunda acordei com torcicolo e para completar, chuva e falta de luz a tarde toda até a noite. Ou seja, não fiz nada.

Hoje de manhã quando as meninas acordaram eu falei para escolher o que queriam para o lanche, apesar de não ter muitas opções. Minha filha mais nova me olhou com tristeza, desapontada que eu não tinha feito as bolachinhas especiais. Ela entendeu a minha razão, não me cobrou nem nada, mas ontem ela estava tão animada, enfeitou as portas de casa...



Me lembrei que eu tinha maçã e ofereci uma "maçã envenenada". Embrulhei num tecido preto e tule roxo, amarrei com uma fita cor de abóbora e ficou temático como esperado. Corri para o computador e imprimi um recadinho com um desenho de bruxa, joguei umas bolachinhas num saquinho e pronto. Nem tirei foto.

Estava no carro, no caminho da escola, daí, pensei, vou fazer um almoço surpresa com o tema de Halloween. Na hora me veio a cabeça, macarrão com molho de tomate e almôndegas. Não sei de onde inventei uma salada de cemitério (alface como grama e palmito como as lápides). Imprimi uns desenhos de fantasma, coloquei papel manteiga por cima para me guiar ao fazer os fantasmas de chocolate branco. Nada muito elaborado, mas o toque especial ficou nos nomes que usei no cardápio e nos enfeites.

Imprimi uma imagem que achei no google numa folha A4 e usei como jogo americano. A sobra do tule roxo, amarrei na jarra do suco que também ganhou uma etiqueta com uma bruxa. Na porta da cozinha, colei o cardápio do dia.



Cortei palmitos em rodelas e depois na metade e escrevi RIP com caneta alimentícia

Os olhos são almôndegas, com uma bolinha de polenguinho (achei que a textura e a cor dariam certo) e um pedacinho de azeitona verde.


Como as meninas não estavam esperando por nada, ficaram admiradas quando viram a surpresa. Elas acharam o máximo comer olhos e larvas hahaha. Agora à tarde tivemos cupcake de aranha.


O que me motiva a fazer essas bobagens é que elas curtem, embarcam na brincadeira e se divertem.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Dia dos professores: caixinha de brownies

Semana passada minha filha estava estudando para a prova de artes. Na verdade, quem estudou fui eu, porque ela já sabia tudo. O tema era pontilhismo e o texto da revisão explicava direitinho a técnica. Daí, pensei, essa técnica seria ótima para pintar um ipê numa caixinha para dar de presente para as professoras. Conversei com as meninas e elas gostaram da ideia. A mais velha já conhecia bem a técnica. A pequena ficou um pouco apreensiva porque não estava segura de como fazer, mas logo percebeu que não seria difícil.

Comprei umas caixas de madeira crua. Comprei duas para cada uma: uma grande e uma pequena, para a professora titular e para a professora auxiliar (no caso da mais velha, a coordenadora). As meninas pintaram de branco para dar o fundo. Comprei uma tinta marrom escuro e num pratinho coloquei um pouco dessa tinta e também um pouco da mesma tinta misturada com um pouco de tinta branca para ficar mais claro. Pegamos 2 cotonetes, cada um molhado em um tom de tinta marrom e aí fazendo "pontinhos" formamos o tronco da árvore. Para a copa eu comprei dois tons de roxo, um mais claro e um mais escuro. A escolha da representação dessa árvore veio inspirada nas ruas do caminho da escola. Sempre vemos diversos ipês, que quando floridos chamam muita a nossa atenção.



Caixinha pronta, pensamos no que colocar dentro, já que só a caixinha parecia um pouco sem graça. Sugeri fazer brigadeiros, mas as meninas pediram para a fazer brownie, já que elas agora conseguem fazer tudo sozinhas. Dessa vez tentei ficar só de expectadora mesmo. Foi muito divertido ver como elas dividiram as tarefas, se ajudaram e capricharam para fazer "o brownie mais delicioso do mundo para as prôs".




A receita é bem simples:

Brownie

Ingredientes
-          ½ xícara de margarina sem sal
-          170g (1 barra) de chocolate meio amargo
-          4 ovos
-          ¼ de colher de chá de sal
-          2 xícaras de açúcar não muito cheias
-          1 colher de chá de essência de baunilha
-          1 xícara de farinha de trigo

Modo de preparo
-          Aqueça o forno em temperatura média.
-          Derreta em banho maria ou no microondas a margarina e o chocolate; deixe esfriar.
-          Bata os ovos e o sal até obter uma cor clara e aumentar o volume.
-          Continue batendo os ovos, e vá acrescentando, aos poucos, o açúcar e a baunilha.
-          Retire a tigela da batedeira e misture com uma colher o chocolate derretido.
-          Antes de obter uma mistura homogênea, vá acrescentando a farinha e mexendo até acabar a farinha.
-          Coloque a massa em uma forma retangular média, untada com margarina.
-          Leve ao forno por 20 minutos ou até o palito inserido na massa sair limpo

Rendimento: 20 porções

Congelamento: pode ser congelado em papel alumínio por até 3 meses


Descongelamento: em temperatura ambiente por 5 horas

Ajudei a embalar um a um em papel manteiga e fiquei impressionada com a habilidade delas de fazer o lacinho. As meninas montaram suas caixinhas com direito a um bilhetinho dentro. Embalei com celofane para um toque final.



sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Caligrafia

Eu nunca tive uma letra muito bonita. Inclusive acabava borrando tudo o que eu escrevia, porque por algum motivo eu passo meu dedinho por cima de tudo, tanto que no colégio eu tinha aquele tradicional calo no dedo médio, mas também na articulação dedinho, que vivia roxo-azulado por causa da tinta da caneta.

Conforme o tempo foi passando, abandonei a escrita à mão. Passei a fazer tudo no computador. Que maravilha, aquela impressão perfeita e simétrica. Logo descobri o universo dos downloads grátis de fontes diferentes e pronto, estava feita.
http://www.1001freefonts.com/
Tenho visto muitos vídeos e fotos de trabalhos incríveis de caligrafia artística ou em inglês, hand lettering. Resolvi pesquisar mais sobre o assunto e descobri um mundo completamente novo para mim. Além de técnicas, são utilizados materiais especiais como canetas, papéis e até uma mesa de sombra. Ah, isso para mim foi como descobrir um truque de mágica. Eu, que sempre fui meio torta, nunca consegui escrever em linha reta numa folha sem pauta. Via aqueles envelopes lindos, com aquela letra desenhada e retinha. A letra depende mesmo de muito treino, mas o alinhamento tem lá o seu segredo.

Mas aprendi nas minhas pesquisas que essa caligrafia artística tem mais a ver com um desenho de letras. Me parece ter menos regras, mas também é feito para títulos ou frases curtas, não para textos longos. Aqui é uma imagem de um dos sites que eu mais gostei https://bydawnnicole.com/. É em inglês, mas é muito completo.
Retirado do site https://bydawnnicole.com/

Nesse meio tempo, na reunião de pais, a professora da minha filha mais velha me disse que estava cobrando dela uma letra mais bonita. Coitada da minha filha. Ela foi alfabetizada no 1° ano com letra bastão numa escola sócio-construtivista. Lá só ensinavam letra cursiva no 2° semestre do 2° ano do ensino fundamental. Com a mudança para cá, ela teve que em pouco tempo aprender a letra cursiva que os colegas já estavam treinando desde o ensino infantil. Ela se dedicou, preencheu cartilha de caligrafia por livre vontade, teve todo o apoio e carinho da professora, mas ainda assim acho que pulou uma etapa, ou seja, vai ter que treinar agora.

Daí, pensei, por que não tentar melhorar a minha letra e aprender novas técnicas e aí estimular minha filha também? Ela não entendeu nada quando fui comprar um caderno de caligrafia. "Eu já tenho um!" - ela me disse. Ela ficou muito surpresa quando eu disse que aquele era para mim.

Começamos agora o nosso treino juntas e vamos ver no que vai dar. Por enquanto não comprei nenhum material apropriado, como canetas bacanas. Tenho treinado com lápis grafite e lápis de cor comum mesmo.




sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Desabafo: a maternidade não é fácil

Hoje foi um daqueles dias que parece que dá tudo errado desde a hora que a gente acorda. Eu já acordei cansada porque minha mais velha passou mal uma noite dessas, então não dormimos. Para eu recuperar essa uma noite perdida eu levo uma semana. Juntando a isso o calor de 34°C em pleno inverno, não está fácil. Ligo o ar condicionado, mas aí resseca a narina, que já está machucada. Hora do almoço, meu marido vem me avisar que não vai poder buscar as meninas. Meus planos todos tem que ser mudados de uma hora pra outra. Dúvida do que fazer, começar a preparar o almoço ao meio dia, quando eu voltar, ou comprar comida. Opto pela segunda, o que significa mais um entra e sai de carro, crianças discutindo cansadas, mas pelo menos podemos almoçar mais ou menos no horário.

Depois do almoço resolvo deitar, marido que estava enrolado com o trabalho vai comer depois. Tudo o que eu queria era ficar bem quietinha na minha cama, só um pouquinho que fosse. Escuto as meninas brigando e uma delas resolve fazer a tarefa na mesa de jantar. Penso, hum, acho que tem louça lá. Levanto e vou ver. A pequena me ajuda a colocar a louça na máquina, já que é ela quem vai ficar lá, mas a mais velha vem atrás só para provocar. Dou bronca, volto pra cama. Toca o telefone. Telefone fixo! Bom, nem tão fixo, minha pequena pega, já que é sem fio para me trazer. Pedido de doação. Explico que já ajudo outra instituição e deito de novo. Consegui cochilar por 20 minutos. Já ajudou.

Hora do lanche. Minha pequena me lembra que quer fazer um flor de papel para a professora auxiliar, já que é aniversário dela amanhã. A mais velha resolve fazer junto. Já começa a reclamação porque não está dando certo ou pelo menos não do jeito que ela gostaria. Nem era para ela estar fazendo! Engulo essa frase, converso com ela para que se acalme. Flores prontas. Uns minutos de sossego na frente da tv, todas nós.

Resolvo tomar um banho para relaxar e encarar o preparo do jantar. Escuto coisas batendo, crianças gritando e chorando. A porta se abre (é, eu deveria trancá-la) entra uma gritando, depois a outra. Expulso as duas. Tento me enxugar, me vestir. Boto as duas sentadas cada uma num canto, quietas. A mais velha desafia. Ah, e aí eu perco toda a razão. Gritei, deu vontade de bater, mas melhor não. Desabo a chorar, ela obedece. Mando a mais nova para o banho, a mais velha arrumar o quarto. Mando mensagem para o marido que tinha ido numa reunião para ver se demorava. Tudo o que eu leio sobre educação diz para ignorar a criança que está fazendo birra, para sair de perto quando se está nervoso. Ótimo, mas como? Posso até deixar as meninas com o marido num dia programado, par ter um tempo meu, mas eu preciso dele agora! E agora não dá. Sábado elas estarão lindas e simpáticas e vai me dar vontade de fazer um pic-nic, sei lá, não ficar sozinha. Quero sumir agora. Não dá. Eu tenho que resolver. Eu choro. Choro de raiva, de tristeza, de frustração (eu deveria ser uma mãe calma e controlada), de cansaço.

Daí pensei, a maternidade é um desafio desde o momento que se pensa nela. Tenho amigas que tentaram engravidar e não conseguiram (Ainda! Continuo na torcida!), algumas engravidaram e perderam. Outras que tiveram os bebês e eles precisaram ficar internados. O puerpério, as cólicas, as noites sem dormir,  a dúvida entre ficar em casa com o bebê ou voltar ao trabalho no final da licença maternidade, o primeiro dia de aula, a alfabetização. Todas as fases trazem o seu desafio e quando olho para trás vejo que já superei vários obstáculos. E dias como esses já aconteceram mais de uma vez. Esse é só mais um. E vai passar.

Nesse momento eu lembro do texto que vira e mexe aparece na minha timeline do Facebook do "Quartinho da Dany" sobre ter mais que um filho. Esse texto é ótimo, descreve muito bem a situação toda com duas crianças. Eu leio toda vez que me aparece e toda vez eu morro de rir. É, o jeito é rir (depois de chorar rios), e seguir em frente. Vou lá preparar o bendito jantar, tentar fazer todo mundo sossegar rápido, dormir cedo e torcer para amanhã ser um dia mais tranquilo. E aí quem sabe a gente se anima para fazer coisas bacanas para todo mundo? Porque no final das contas, adoro ser mãe (na maior parte do tempo), amo aquelas duas demais e curto muito fazer coisas junto com elas.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Strogonoff da Marlene

Marlene trabalhava na casa da minha mãe quando eu era criança. Uma querida, me mimava e tinha muita paciência com as bagunças do meu quarto. Uma pessoa do bem, como dizem por aí. Ela não costumava cozinhar, mas uma vez minha mãe pediu que ela fizesse alguns pratos. Acho que foi isso, eu realmente não lembro como conheci esse strogonoff maravilhoso.

Também não me lembro direito como começou, mas virou tradição no meu aniversário. Naquela data, todos os anos, minha mãe só comprava os ingredientes e deixava a cozinha para a Marlene, que fazia strogonoff pra mim. Foram muitos anos ganhando esse presente, esse carinho em forma de comida. Eu mais velha, certo ano, estava em casa e fui lá, aprender com ela essa receita tão especial.

Eu aprendi a receita e até já ensinei para algumas pessoas. Já aviso logo que não é a receita original Russa lá de 1871 (sim, dei uma pesquisada sobre a origem). Nesta receita não tem ketchup nem mostarda. No lugar, vai molho inglês. Sempre usei da marca Lea&Perrins, mas por ser importado, as vezes não encontramos para comprar. Já fiz com marcas nacionais e não fica igual. Comprei recentemente da French`s e achei bom. O sabor ficou parecido com o que eu estou acostumada.

Marlene infelizmente não está mais entre nós, mas toda vez que eu faço strogonoff, que é um favorito aqui em casa, lembro com carinho dela. Hoje estava preparando esse prato delicioso, daí, pensei, vou colocar no blog.

Anota aí a receita:

Strogonoff de carne

Ingredientes
- 600g filé mignon cortado em tiras
- 2 dentes de alho espremidos
- óleo
- 1 folha de louro grande (ou 2 médias)
- 1 colher de sopa de molho inglês
- sal
- cogumelos tipo champignon
- 1 lata de creme de leite sem soro

Modo de preparo
- Tempere o filé com o alho espremido.
- Numa panela funda, coloque um pouco de óleo e aqueça.
- Adicione a carne e vá virando, para selar.
- Tempere com sal e molho inglês e adicione o louro.
- A carne soltará um caldo, posicione toda a carne de um lado da panela para que o líquido evapore mais rápido (Essa parte foi uma adaptação minha. A Marlene deixava tudo junto, mas quando eu faço assim a carne às vezes fica dura).
- Quando o caldo estiver quase todo seco, retire o louro.
- Adicione os cogumelos e o creme de leite. Mais uma dica, só dá certo com creme de leite em lata. Os de caixinha ou fresco tem outra textura e deixam o molho muito líquido.
- Apenas aqueça toda a preparação, sem deixar ferver.
- Sirva em seguida.

Eu gosto de comer com arroz e batata palha, como é tradicional aqui no Brasil. Eu deixo os cogumelos inteiros porque enquanto eu e a pequena adoramos, os outros dois não gostam e assim fica mais fácil de servir "ao gosto do freguês". Obrigada, Marlene!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Roupa texturizada para boneca de papel

Minhas filhas descobriram um jogo na internet super bonitinho. Elas decoram a casa de bonecas e depois podem imprimir e montar a casinha de papel. É realmente uma graça e elas gostaram dessa questão de personalizar, dos modelos dos móveis às cores. Daí, pensei, bem que elas poderiam personalizar a roupa da boneca também.

O jogo até permite imprimir a família, mas aí é o padrão. Eu sou péssima no desenho, então busquei uma boneca que tivesse um vestido liso que permitisse dar o efeito que eu tinha imaginado. Fiz numa escala bem maior, mas era mais para as meninas entenderem a proposta.
Imagem retirada do site http://www.tudodesenhos.com/d/menina-com-bonito-vestido 

Colamos diversos materiais em papéis. Como as duas queriam colar areia e folhas, sugeri fazer em padrões diferentes. Buscamos outros materiais que tínhamos em casa. Deixamos secando de um dia para o outro.




Imprimi a bonequinha e fomos fazer o teste das texturas. As meninas adoraram perceber a textura ao pintar por cima. Nesse momento elas comentaram que se tivessem colado as estrelinhas mais separado ou escolhido folhas mais grossas o efeito seria diferente. Como foi uma primeira tentativa, acho valeu. Elas se divertiram muito e acabei tendo que imprimir mais bonecas. Depois pensei que poderia ter imprimido só o modelo do vestido para a mesma boneca, para ela "trocar de roupa". Fica para a próxima.







sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Receita de paçoquinha

Minha filha mais nova está no 1° ano do ensino fundamental, fase incrível de alfabetização. No meio dos estudos dos diversos tipos de textos, no livro de português, tinha uma receita de paçoquinha. Minha filha voltou da escola toda animada e me perguntou "Podemos fazer essa receita? Não é obrigatório, mas achei que seria tão legal."

Eu gosto de valorizar o que as meninas aprendem na escola, gosto de saber o que estão estudando e estamos sempre conversando sobre isso. Também adoro testar receitas novas, daí, pensei, por que não?

Precisei dar um pulinho no supermercado para comprar os ingredientes e fiz isso enquanto minha filha fazia a lição de casa (ou tarefa, como falam aqui). Quando cheguei, ela já estava me esperando. Foi correndo prender o cabelo e lavar as mãos sem eu nem falar nada.

A receita é bastante simples, o que é ótimo porque ela fez praticamente tudo sozinha. Eu fiquei só de apoio e tirando fotos, claro.
Retirado do livro de português do SAS - Sistema Ari de Sá
Primeiro ela triturou o amendoim no processador.

Em seguida, a receita dizia para quebrar na mão as bolachas de maisena. Ela até tentou, mas vendo o quão difícil era, aceitou triturar as bolachas também no processador.


Depois incorporou o leite condensado.

Estou tentando lembrar que piada ela fez na hora de misturar tudo. Dei tanta risada que até a foto saiu borrada.


Ela já é craque em untar formas porque é sempre tarefa dela quando fazemos bolos juntas.

Ela espalhou a massa na assadeira e levou para a geladeira. Até o tempo ela contou!


Na hora de cortar ela me pediu ajuda, "para ficar mais retinho". Coitada, com essa mãe descoordenada que ela tem, isso foi o melhor que deu pra fazer.


Receita provada e aprovada por todos da família. Ela ficou super feliz e orgulhosa por ter feito sozinha. No dia seguinte ela quis levar para a escola para os colegas provarem. Depois fiquei sabendo que alguns pediram para fazer em casa também. Acho muito legal fazer essa ponte escola-casa e agora ganhei mais uma receita para o meu arquivo.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Festa Trolls

Este ano minha filha estava encantada com o filme Trolls e logo no começo do ano disse que a festa de aniversário seria nesse tema. Ela até me pediu a fantasia da Poppy no carnaval. Se você não viu, está aqui. Pesquisando na internet encontrei adesivos do Trolls no Aliexpress. Para quem não conhece é um site de vendas da China. Os produtos costumam ser baratos, mas demoram muito para chegar, cerca de 3 meses. Sendo assim, compramos os adesivos logo para compor a lembrancinha.


Como a nossa situação financeira não está muito boa, eu já tinha avisado que a a festa seria apenas na escola, assim fica tudo mais econômico. Da minha parte basta uns salgadinhos, doces, bolo, convites e lembrancinhas. Os amigos e a professora tornam o dia especial e todos ficam felizes. Eis que para minha surpresa, na reunião de pais avisaram que a partir deste ano não seriam mais permitidas as comemorações de aniversário na escola. Minha filha entrou em pânico achando que ficaria sem nenhum tipo de celebração. E logo ela, a mais festeira da família.

Foram alguns dias pensando em como fazer, calculando despesas, conversando com outras mães... e nesse meio tempo os adesivos, já comprados, a caminho. Daí, pensei, esses adesivos seriam ótimos para personalizar a capa de um caderno e essa seria uma atividade divertida para a festa. A Poppy adora fazer colagens, então estaria bem relacionado ao tema. Com isso chegamos à conclusão de que uma festa só para meninas seria mais simples de organizar, já que infelizmente 25 crianças dentro da minha casa não seria possível. Fiquei sabendo que vários meninos da sala já haviam feito festas no estilo "clube do Bolinha", então achei que tudo bem fazer a versão "Luluzinha". Eu realmente acharia melhor fazer uma festa mista, mas desta vez não foi possível. A lista de convidadas ficou então todas as meninas da sala e mais duas amigas de fora, no total 11 meninas.

Pensando no convite resolvi fazer num modelo pop-up. Fiz alguns testes até pegar o jeito do tamanho e a melhor forma de colar os bonecos. Fiz tudo a mão porque não tenho aquelas máquinas fantásticas de corte, mas ainda assim acho que ficou divertido. Minha filha sugeriu uma explosão de glitter ao abrir o cartão (e eu dei muita risada com isso), mas achei que as mães não ficariam tão felizes com brilhos por todos os lados da casa e/ou do carro. Coloquei horário de início e de fim da festa já que apenas as meninas ficariam na festa e os pais precisavam saber a que horas buscar. Sendo só as crianças, deu para economizar bastante com comida e bebida e permitiu a festa ser no espaço da sala e sala de jantar. Eu me dediquei exclusivamente a elas, sem ter que entreter os adultos. O horário imaginei como o lanche da tarde, assim eu não precisava me preocupar como em um almoço ou jantar.



Nessa época vi muitos vídeos sobre flores de papel no Facebook e resolvi que a decoração da parede seria assim, então fui à papelaria com a lista em mão de tudo o que eu iria precisar. Nesses vídeos é sugerido usar um papel de gramatura maior, mas eu fiz as flores com cartolina comum mesmo (metade do preço), comprei cola, fita dupla-face, papel crepom de várias cores, estrelinhas, lantejoulas e claro os cadernos.
As flores já prontas
Quando idealizei tudo não pensei no detalhe de que a capa dos cadernos mais baratos vêm com algum tipo de ilustração. Fiquei apaixonada por um de cor lisa, mas não cabia no orçamento. Minha filha também achava que tinha que ser o fundo branco, para criar a floresta do Trolls. Acabei comprando contact branco e encapando todos os cadernos. Não ficou perfeito, mas serviu. Como a contra-capa era branca e o caderno era de folhas lisas para desenho, foi possível escolher o lado mais adequado.
As meninas personalizando seus cadernos



Ainda dentro das atividades da festa eu criei papeizinhos com os logos de diversos filmes infantis para fazer o sorteio na brincadeira de mímica e imprimi folhas do jogo "Stop", um clássico da minha infância que as meninas estão começando a brincar na escola. Foi divertido ver como as meninas se organizaram em duplas e trios para jogar "Stop" e cada resposta incrível que elas pensaram. Se você quiser os arquivos para imprimir, estão aqui. Minha filha também quis criar uma playlist no youtube para dançar com as amigas. Sorte que pensamos só em atividades dentro de casa porque no dia choveu tanto que era até complicada a chegada e saída das meninas.

Para os salgados ficamos com os clássicos, pipoca, coxinha, bolinha de queijo e enroladinho de salsicha. Como temos um frigobar na sala de jantar, abasteci com suco de caixinha e mini-latas de refrigerante para as meninas ficarem a vontade para pegar sozinhas e dispensar o uso de copos.


A mesa precisava ser bem colorida para combinar com o tema e logo me veio em mente algodão-doce. Minhas filhas adoram e também fez muito sucesso com as outras meninas. Eu até queria que fossem menores, mas não encontrei quem fizesse da forma que eu queria a menos que fosse em pote, mas aí perderia o efeito leve que eu queria. Numa passada na sessão de doces de uma loja, minha filha mais nova viu umas balas de gelatina do Trolls. Super coloridas, nós achamos que ficariam bacana na mesa. E quase que eu esqueço se colocar no dia. Se não fosse essa minha pequena ajudante estaríamos comendo balinhas até hoje. Outros clássicos que não poderiam faltar: brigadeiro e beijinho. As balas de goma acrescentaram ainda mais colorido.

Em um grupo local de comércio vi umas velas personalizadas e fiquei encantada. Entrei em contato com a moça que, apesar de não conhecer o tema, baseado na foto da Poppy que eu mandei, fez uma vela incrível. A vela já era do tema e achamos que seria melhor um bolo mais simples. Nessa época (a festa foi no primeiro semestre de 2017) eu vi muitos bolos com glitter. Minha filha me pediu para fazer um assim, mas infelizmente não encontrei o glitter aqui na nossa cidade. Acabei comprando um pó perolado só para dar um leve brilho. Outro pedido da aniversariante foi um bolo piñata, desses com os confeitos no meio. Fiz o possível. Optei por não usar nenhuma figura do tema na decoração para não ficar tão infantil, apesar de eu não ter o menor problema em deixar minha filha aproveitar tudo o que puder dessa fase.


Para compor a lembrancinha personalizei um lápis grafite para juntar com o caderno que as convidadas fizeram.

Acho que elas se divertiram, mas com certeza fizeram minha filha muito feliz. Nada como cantar parabéns com as amigas para ter a sensação de que fez aniversário. E eu não gastei mais do que gastaria na festa da escola.